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Dia da Consciência Negra: A Contribuição Essencial da Comunidade Negra na Construção Civil e Desenvolvimento do Brasil
20 novembro 2025

Blog Dia Nacional da Consciencia Negra 20 11 2025

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, representa muito mais que uma data comemorativa no calendário brasileiro. É um momento crucial de reflexão sobre como a construção civil, a engenharia e o desenvolvimento de infraestrutura no Brasil têm raízes profundas na contribuição da comunidade negra, que foi alicerce fundamental em todas as etapas do crescimento econômico, cultural e social do país.

No setor de construção civil e no mercado de trabalho brasileiro, a presença negra é histórica e estruturante. Desde os primeiros engenhos coloniais até as modernas fábricas, galpões industriais, edificações comerciais e obras residenciais contemporâneas, profissionais negros ergueram literalmente as bases sobre as quais o Brasil se desenvolveu. Quando falamos de construção de prédios, infraestrutura urbana, obras de grande porte ou projetos de engenharia civil, estamos falando de uma história inseparável da força de trabalho e conhecimento técnico da população negra.

A Origem do Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra foi estabelecido em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares assassinado em 20 de novembro de 1695. A data foi proposta pelo movimento negro na década de 70 como alternativa ao 13 de maio, dia da abolição da escravatura, que não representava verdadeiramente a luta e resistência do povo negro.

Zumbi simboliza a resistência contra a opressão e a luta pela liberdade. Palmares, que existiu por quase um século (1597-1694), foi uma das maiores comunidades quilombolas da América Latina, chegando a abrigar mais de 20 mil pessoas. Era, em essência, uma sociedade organizada que demonstrava a capacidade de autogestão e organização da população negra.

A data ganhou força ao longo das décadas e, em 2011, foi sancionada a Lei 12.519, que instituiu oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra no calendário brasileiro. Diversos estados e municípios a reconhecem como feriado, consolidando sua importância no calendário cívico nacional e reforçando a necessidade de discutirmos diversidade no mercado de construção civil e em todos os setores produtivos.

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A Construção do Brasil: Literalmente Erguida por Mãos Negras

A história da construção civil no Brasil é inseparável da trajetória da população negra. Entre os séculos XVI e XIX, profissionais negros foram responsáveis pela construção de infraestrutura colonial brasileira. Igrejas barrocas, fortalezas, engenhos de açúcar, pontes, estradas e as primeiras edificações urbanas foram erguidas por trabalhadores que dominavam técnicas construtivas trazidas da África e outras desenvolvidas no próprio território brasileiro.

Cidades históricas como Ouro Preto, Salvador, Rio de Janeiro e Olinda guardam em cada pedra e tijolo o testemunho desse trabalho em alvenaria, carpintaria e obras de arte arquitetônica, criando um patrimônio tombado pela UNESCO que demonstra a excelência técnica desses profissionais. As técnicas de construção em pedra, taipa de pilão e pau-a-pique foram aperfeiçoadas por esses mestres, estabelecendo fundamentos da engenharia civil brasileira.

Contrariando narrativas reducionistas, estudos históricos revelam que muitos africanos trazidos ao Brasil eram ferreiros, carpinteiros, pedreiros, ourives e artesãos especializados. Eles trouxeram conhecimentos metalúrgicos, agrícolas e construtivos essenciais para o desenvolvimento das colônias. Mestres negros foram responsáveis por obras de grande complexidade técnica e artística. O escultor e arquiteto Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) é o exemplo mais célebre, mas representa uma tradição muito mais ampla de profissionais altamente qualificados em projetos arquitetônicos e execução de obras.

Do Pós-Abolição à Industrialização

Após a abolição da escravatura em 1888, a população negra enfrentou um mercado de trabalho estruturalmente racista, com preferência por imigrantes europeus que dificultou o acesso a empregos formais. Ainda assim, trabalhadores negros foram fundamentais na construção de ferrovias, na expansão do café, no desenvolvimento portuário e na industrialização do século XX.

No setor de construção civil, a presença negra permaneceu constante e majoritária. Pedreiros, serventes, carpinteiros, eletricistas prediais, encanadores, pintores, armadores e outros profissionais seguiram erguendo as cidades brasileiras, participando de obras residenciais, construção de edifícios comerciais, galpões logísticos, instalações industriais e toda sorte de projetos de construção.

Com a industrialização acelerada do século XX, profissionais negros estiveram presentes na construção de fábricas, no desenvolvimento de infraestrutura para o agronegócio, na edificação de laboratórios, centros de distribuição e na expansão de obras de saneamento básico. A força de trabalho negra foi essencial para transformar o Brasil em uma economia industrializada, participando ativamente de grandes obras de engenharia e projetos de infraestrutura.

Dados Atuais do Mercado de Construção Civil

Segundo dados do IBGE, a população negra (pretos e pardos) representa 56% da população brasileira, mas ainda enfrenta desigualdades significativas no mercado de trabalho. Na construção civil, setor que emprega milhões de brasileiros em funções como mestre de obras, engenheiro civil, técnico em edificações, operador de máquinas pesadas, gerente de projetos e coordenador de obras, trabalhadores negros são maioria na base da pirâmide ocupacional.

O setor de construção civil abrange diversas especialidades: construção residencial (prédios, condomínios), obras comerciais (shoppings, lojas, malls, mercados), construção industrial (fabricas, laboratórios, galpões), infraestrutura viária, obras de arte especiais (pontes, viadutos), instalações hidráulicas e elétricas, fundações especiais, estruturas metálicas, acabamento e revestimento, entre outras. Em todas essas áreas, profissionais negros representam força de trabalho majoritária, embora não ocupem proporcionalmente posições de gestão de obras, coordenação técnica ou direção de projetos.

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Ou seja: Um dia Necessário

O Dia da Consciência Negra nos convida a olhar para o passado com honestidade e para o futuro com compromisso. A comunidade negra não foi coadjuvante na história do Brasil foi protagonista na construção literal e simbólica da nação.

No setor da construção civil, essa verdade é ainda mais evidente. Cada edifício, cada ponte, cada estrada carrega a marca do trabalho, da inteligência e da resiliência negra. Reconhecer essa contribuição não é apenas uma questão de justiça histórica, mas de visão estratégica para empresas que desejam construir um futuro mais inclusivo, inovador e socialmente responsável.

Valorizar a diversidade racial é investir em excelência. É entender que um país só é verdadeiramente sólido quando construído sobre bases de equidade, respeito e reconhecimento de todas as mãos que erguem suas estruturas.

Neste 20 de novembro, que possamos não apenas celebrar, mas agir concretamente para que a consciência negra se traduza em oportunidades reais, reconhecimento merecido e um mercado de trabalho verdadeiramente justo para todos.

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