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Com um cenário econômico ainda se desenhando para 2023, no segmento de arquitetura e construção já é possível apontar algumas tendências de mercado do segmento de arquitetura e construção serão os desafios e oportunidades presentes ao longo deste ano, alguns deles vigentes desde o ano passado, como a alta nos preços dos materiais e as dificuldades de crédito para financiamento imobiliário.

Para abordar as possibilidades que vem pela frente a Gabster, plataforma de tecnologia que conecta todos os fornecedores em um mesmo ambiente 3D, sugere uma perspectiva cada vez maior de que a tecnologia seja a fonte de soluções para a reinvenção e adequação de setores, que a sustentabilidade continue ganhando espaço e que o cenário econômico continue exigindo atenção.

Indústria 4.0 cada vez mais presente
Os recursos da tecnologia continuam ganhando espaço na criação de projetos digitalizados, substituindo cada vez mais a papelada e monitoramento manual das etapas de planejamento e execução das obras. Para isso, os preceitos da indústria 4.0 são um conceito guarda-chuva para a transformação do mercado, com desdobramento para BIM, impressão 3D, robotização e construção modular. Para Cleandro Dagmar Nilson, CEO e fundador da Gabster, este é um caminho sem volta, visto que toda a cadeia está passando pelo processo de transformação. “Hoje temos a possibilidade de oferecer uma nova experiência em construir e reformar, tornando os projetos mais próximos da realidade justamente pela conexão eficiente que a tecnologia promove entre todos os fornecedores do setor. E não é só a facilidade de comunicação. Estima-se aproximadamente 40% de economia do tempo de trabalho para toda a cadeia, com facilidade de documentação, cálculos automatizados, especificações de produtos completas e redução de desperdícios. Estar fora dessa transformação é abrir mão de um oceano de possibilidades”, afirma o executivo.

Fornecedores mais envolvidos no processo de venda
Com a tecnologia favorecendo a comunicação entre profissionais e indústria, outra tendência é o maior envolvimento dos fornecedores no processo de comercialização de produtos, o que promove a venda sem fricção pela agilidade e conveniência de personalização do portfólio às necessidades do projeto. A plataforma Gabster é um exemplo de tecnologia que promove essa aproximação, ao conectar arquitetos e designers a 11 segmentos da indústria como marcenaria, indústria de eletrodomésticos, esquadrias, revestimentos, tendo acesso a um catálogo de 1.125.033 produtos, visualizando novidades e, inclusive, precificando os produtos utilizados no projeto. “A personalização é um diferencial que os clientes costumam valorizar e hoje, é possível incluir o produto no projeto, transformá-lo ou configurá-lo de acordo com o gosto do cliente, automaticamente enviar essa informação para a fábrica e até concluir a venda, tudo em um mesmo local”, defende Cleandro.

Práticas combinadas com a sustentabilidade
A construção civil convive com a má reputação por ser um dos setores que mais gera impactos negativos ao meio ambiente, mas aos poucos, começam surgir alternativas na substituição de materiais, redução de desperdícios na construção e novas metodologias que reduzem desde o uso de máquinas, até o deslocamento entre escritório, obra e fábrica. Nessa linha, as construções modulares, por exemplo, vem ganhando espaço pela sustentabilidade do sistema construtivo, que gera uma quantidade menor de entulhos e podem ser mais eficientes no consumo de energia e água ao incorporar com facilidade tecnologias de captação de chuva e painéis fotovoltaicos entre outros.

“Trabalhar com metodologia de ponta a ponta elimina conflitos entre as fases do projeto e, com uma comunicação aprimorada, ganha-se em aplicação de recursos de máquina apenas quando necessário, horas de trabalho realmente produtivas e redução das quebras e rebarbas. Um cálculo otimizado demonstra uma economia de 10% a 15% só em material utilizado na obra”, justifica Cleandro.

Alta no preço dos materiais
Para 2023, o cenário ainda está se desenhando, embora demonstre que a tendência é continuar aumentando e impactando diretamente o planejamento de obras e investimentos. O ano de 2022 teve uma oscilação grande nos preços de materiais de construção e, pelo Índice Nacional de Custos da Construção-Mercado (INCC-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o preço da matéria-prima, serviços, equipamentos e mão de obra registrou um aumento de 9,40% ao longo do ano. Produtos da indústria fornecedora são muito impactados pela variação cambial, importação de insumos, disponibilidade de materiais e oscilação do Dólar e Bolsa de Valores.

Dificuldades de crédito e endividamento da sociedade
Os preços de imóveis devem subir de forma moderada, embora os juros sobre financiamentos permaneçam altos, vinculados à Selic que, hoje, está em 13,75%. Há a perspectiva de desaquecimento do mercado imobiliário devido à perda do poder de compra da população e incertezas sobre a economia do país, como o aumento da inflação. Nesse aspecto, profissionais de arquitetura e design também sentem o impacto da desaceleração e precisam se reinventar para atravessar o momento. Para Cleandro, a busca pela competitividade deve ser a essência das empresas que buscam se manter no mercado. “Seja pela vantagem em relação a concorrentes que tenham um produto de maior valor, ou aqueles que oferecem baixa qualidade na prestação de serviços, oferecer um serviço de qualidade e pensado para as expectativas do cliente é condição inevitável para atravessar este momento. Tendo uma metodologia eficiente, o profissional tem um aumento da capacidade produtiva, ganha credibilidade no mercado e consegue equilibrar a margem de lucro e valor de oferta para o cliente final”, conclui.

 

Fonte: https://bit.ly/3n0wkqM